Foodtechs: 04 tendências do mercado para 2021
A pandemia impactou diretamente o comportamento do consumidor e impulsionou mudanças significativas para o setor das Foodtechs. Conheça quais são as tendências deste setor e tenha acesso ao panorama brasileiro.
Foodtechs: o que são elas?
Antes de tudo, as Foodtechs (ou Food services) são empresas que usam a tecnologia no desenvolvimento de produtos alimentícios, identificando dores do setor e propondo soluções de forma ágil, prática e acessível, tornando o setor mais disruptivo e inovador.
A tecnologia é utilizada nos processos de toda a cadeia, ou seja, na produção (agricultura), distribuição, venda, consumo, serviço e retorno (reciclagem). Além disso, ela também é utilizada na criação de novos produtos, como por exemplo, a carne sintética – que é desenvolvida em laboratório.
Quais são as vantagens das Foodtechs?
A pandemia do coronavírus impulsionou a construção de caminhos alternativos para diversos setores. No Brasil, por exemplo, de acordo com dados da Mintel – empresa global de inteligência de mercado – cerca de 51% das pessoas têm priorizado uma alimentação saudável.
Algumas vantagens das foodtechs são:
- Otimização em serviços de entregas;
- Redução do desperdício;
- Locais de venda apropriados;
- Maior transparência e interação com o consumidor.
Além disso, a pandemia influenciou para que o comportamento do consumidor se adaptasse à nova realidade e reforçou tendências importantes para o mercado brasileiro, como por exemplo, saúde e bem estar, conveniência, transparência e plant-based (produtos feitos a base de vegetais).
O mercado brasileiro das Foodtechs
A relação dos alimentos com a saúde ficou ainda mais importante, já que muitas pessoas começaram a se preocupar em aumentar a imunidade para enfrentar a Covid-19. A alimentação saudável, por sua vez, ganhou ainda mais destaque neste cenário.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o IBGE e as projeções da consultoria Food Consulting, o mercado de food service deve atingir um crescimento de 22% a 25% em 2021. Em 2020, o setor teve uma queda de 32% em decorrência da pandemia, no entanto, a projeção é de crescimento e recuperação.
Em outra projeção, a previsão da Research and Markets é de um mercado global para as foodtechs de US $250,4 bilhões até 2022.
Ou seja, as foodtechs estão entre as novas estrelas no mercado global de tecnologia: uma ótima oportunidade para os empreendedores que querem investir nas suas soluções neste setor. Só no Brasil, são mais de 90 startups aquecendo o setor.
Veja, a seguir, 04 tendências para as foodtechs.
Tendências do mercado de foodtechs para 2021
Antes de tudo, em busca de atender às novas demandas do público, as inovações tecnológicas têm desenvolvido novos formatos de empresas e produtos, diferentes dos negócios convencionais. Os novos modelos das startups já conquistaram uma parcela significativa de empreendedores e consumidores.
Mirando para tendências que vão impactar diretamente o desenvolvimento do mercado de alimentação, conheça o que pode potencializar as foodtechs em 2021.
1. Delivery
Nos últimos anos o serviço de delivery vem crescendo. Em 2020, por causa da crise do coronavírus, o serviço decolou com as demandas disparadas. O delivery próprio, ao invés do delivery de terceiros, representa um crescimento de 32% – perdendo apenas para entregas através do Ifood, que representa 62% do serviço.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) com a consultoria Galunion, o delivery passou a representar 36% do faturamento das redes em 2020, contra 18% em 2019.
Em decorrência da quarentena, vimos várias lojas físicas fecharem. O delivery, por sua vez, passou a ser utilizado como principal canal de venda. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 73% das franquias de alimentação adotaram o delivery em 2020.
2. Take Away e Drive-thru
O drive-thru não é um formato novo para as franquias, afinal, as grandes redes de fast food já utilizam este formato há algum tempo. Mas, com os restaurantes fechados e as pessoas evitando aglomerações, a busca pelo drive-thru aumentou ainda mais.
No entanto, mesmo que a procura tenha aumentado, o take away tem ganhado espaço no mercado. O take away é um formato parecido com o drive-thru, mas a ideia é que os restaurantes ofereçam os seus produtos para serem consumidos em outro local que não seja o próprio restaurante.
Os pedidos são feitos através do app da rede ou através do delivery, por fim, o consumidor vai buscar o pedido no restaurante. Mas, para que este modelo funcione normalmente, é importante que o desenvolvimento omnichannel esteja funcionando.
E você sabe o que significa “omnichannel”? Ela é a integração de todos os canais que a rede está presente, Ou seja, para que o drive-thru, take away e o próprio delivery funcionem, é importante desenvolver estratégias omnichannel.
Por fim, integrar a comunicação dos aplicativos com a loja física (tanto em pagamento quanto em registro de pedidos) e oferecer a melhor experiência ao cliente é fundamental para uma boa estratégia.
3. Dark Kitchen: um novo modelo de negócio em ascensão
Empreendedores e franqueadores têm voltado a sua atenção para um modelo de negócio em ascensão: o Dark Kitchen.
Em outras palavras, e ste modelo consiste em não possuir um ponto de venda em loja física, com espaço para consumir no local. O formato se limita apenas a uma cozinha, onde os produtos são ofertados pela rede e a única forma de consumir é por meio do take away e delivery.
Em um estudo feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), 45% das franquias pretendem investir em Dark Kitchens. O modelo se torna atrativo pois gera menos gastos para a franquia, uma vez que o aluguel é menor, o número de funcionários é reduzido e a gestão se torna mais fácil.
4. Atendimento automatizado
O atendimento automatizado vem mostrando o seu potencial há algum tempo. Alinhado com a inteligência artificial, o mercado de alimentação tem grandes benefícios quando big data e IoT (Internet of Things) andam juntos.
Você já foi ao Mc Donalds, por exemplo, e realizou o seu pedido através de uma central de atendimento? É literalmente isso que caracteriza o autoatendimento: você consegue fazer tudo sozinho.
Segundo a Nielsen, cerca de 64% dos participantes da pesquisa têm smartphone. Quando o assunto é alimentação, com base no mesmo estudo houve um aumento de 82% no ecommerce brasileiro. Isso significa que a tendência de conectividade e automação na hora de consumir é um fato.
Para boa parte das redes de fast food este tipo de atendimento já é realidade, mas isso pode se tornar ainda mais comum em outros tipos de serviços, como pagamento de contas e organização das finanças, por exemplo.
Implemente e potencialize o seu negócio
Por fim, agora que você sabe o que é uma foodtech e quais são as vantagens dela para o setor de alimentação, que tal recorrer a especialistas que entendem sobre Tecnologia para agregar ao seu negócio?
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